domingo, 7 de novembro de 2010

O Escravo


Ah esse Olho!
Quem te fez assim tão vulnerável aos ataques incessantes da Beleza?
Ah a Beleza!!!
Deusa jovem tão escondida e explícita.
Não posso negar que meu corpo seja molecularmente afetado pelo seu bailado.
Quanta coerção me aflige suas sublimes formas!
Quantas armadilhas revelam cada traço de seu movimento.
E diante de sua insinuação eu logo me ergo em êxtase ofuscado por tanta divina luz e grito:
Sou teu, Minha Deusa, sou teu nobre escravo!
Pois sei que teu poder é eterno.
Posto que és justa.
Muito naturalmente justa.
E cruel!
Ah, quanta crueldade existe na perfeição!
Seu sorriso a tantos aniquila.
Quem me permitiu te ver assim tão bela?
Melhor seria se meus olhos não te vissem? O que seriam de Nós?
oh! Pedoe-me essa blasfêmia Minha Deusa!
Jamais ousaria perder a minha fé.
Posto que te vejo com toda minha alma.
E me esforço para te ver cada vez mais bela.
Pois de tua beleza é a minha fome, minha força, minha vida.

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